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Voto de pesar pela morte de Daniel Ribeiro nascido em Carregal do Sal

A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do jornalista Daniel Ribeiro, natural de Carregal do Sal, e recordado como “um amante da liberdade”.

A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do jornalista Daniel Ribeiro, recordado como “um amante da liberdade”. Natural de Carregal do Sal, nasceu a 20 de dezembro de 1953, tendo vivido perto de quatro décadas em Paris, onde acompanhava, muito de perto, a vida política francesa.

No voto apresentado pela Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, recorda-se a morte no passado dia 10 de janeiro, em Lisboa, do jornalista Daniel Ribeiro, aos 71 anos.

“Daniel Ribeiro era um jornalista reconhecido e respeitado, que chegou a Paris nos anos 80, tendo trabalhado durante cerca de uma década na secção portuguesa da Radio France Internacional (RFI) e depois como correspondente de O Jornal, do Expresso e da Antena 1”, refere o texto.

Foi ainda diretor de antena da Rádio Alfa, “uma referência para a comunidade portuguesa na região parisiense e noutras partes de França”, sendo desde há pouco tempo o seu correspondente em Lisboa.

“Na sua atividade profissional destaque para a forma como acompanhou a política francesa e pelas suas inúmeras grandes reportagens, desde François Mitterrand a Emmanuel Macron, cobriu os atentados à redação do Charlie Hebdo e a crise dos coletes amarelos, mas também a vida e a evolução da comunidade portuguesa em França, sobre a qual sempre teve um olhar muito atento, perspicaz e genuíno, tornando-se uma figura determinante da mesma e implicando-se de corpo inteiro nas suas causas importantes”, considera o voto.

No voto, recorda-se que Daniel Ribeiro apenas interrompeu a sua atividade jornalística em 1999 para desempenhar funções como porta-voz da missão diplomática portuguesa em Dili, durante o referendo à independência de Timor-Leste promovido pelas Nações Unidas.

“Daniel Ribeiro era um homem singular, amante da liberdade, que vivia a vida com intensidade, que partilhava com a sua companheira, a soprano japonesa, Mieko Kamiya. Profissionalmente, escrevia com profundidade e tinha bem consciência do poder transformador do jornalismo e do seu impacto social e político”, destaca ainda o texto.

Na parte resolutiva do texto hoje aprovado, a Assembleia da República “lamenta a morte do grande profissional que foi o jornalista Daniel Ribeiro, transmitindo à família e amigos os seus mais sentidos pêsames”.

Janeiro 24, 2025 . 12:47

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