Cerca de quatro meses depois de terem marcado presença numa reunião do executivo municipal viseense para dar conta dos problemas causados pelo funcionamento de um espaço de restauração no Bairro de Jugueiros, os representantes de dois blocos habitacionais regressaram ao Salão Nobre dos Paços do Concelho de Viseu para lamentar que “tudo continua igual”.
Em finais de novembro do ano passado, o nosso Jornal dava conta das queixas de Ana Rita Almeida, porta-voz dos moradores, que lamentava a perda de qualidade de vida a partir do momento em que o espaço de restauração abriu as suas portas. Explicou, por exemplo, que durante o verão não foi possível abrir as janelas devido ao barulho e ao cheiro da comida, impossibilitando também o uso das varandas. Secar a roupa no exterior tornou-se, segundo a moradora, impossível, obrigando a recorrer aos secadores das lavandarias, para evitar que a roupa ficasse a cheirar a fritos. O descanso, contou, também passou a ser apenas disponível após as 23h00, hora a que fecha o restaurante.
Na altura, recebeu da parte dos serviços do município a garantia que a esplanada iria fechar, no entanto, em fevereiro, a autarquia viseense revelou que o proprietário do restaurante tinha avançado com uma providência cautelar para impedir o cumprimento desse encerramento, aguardando-se até hoje uma decisão do tribunal.
