“Talvez seja o café, gosto muito de café”. Foi assim que Lídia Almeida respondeu quando lhe perguntámos sobre o segredo dos seus 101 anos. Foi a 30 de abril que somou mais um ano ao centenário celebrado no ano passado “com uma grande festa”.
Há cerca de sete meses que vive na Residência emeis, em Viseu, mas a vida decorreu “de um lado para o outro” porque “o meu pai era militar e estávamos sempre a mudar de sítio”. A idade não lhe levou as memórias de infância, sobretudo aquelas que a fazem regressar aos momentos em família. Ao recuar “uns belos anos”, falou-nos das idas às touradas com o pai. “Íamos sempre os dois porque o meu irmão e a minha mãe não gostavam. As touradas eram comigo, ia para todo o lado”, lançou, confessando que a ‘coleção dos bilhetes’, que guarda em casa, denunciam a ida a cerca de cem espetáculos tauromáquicos. A última a que foi aconteceu no ano passado, na Figueira da Foz, que “mesmo com alguma dificuldade, consegui subir”. “É o espetáculo que gosto mais”, confidenciou.