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'A imigração não deve tornar-se uma arma de arremesso político-partidária'


José Fonseca Sexta, 26 de Abril de 2024

O presidente da Assembleia Municipal de Viseu, Mota Faria, defendeu ontem que “a imigração não deve tornar-se uma arma de arremesso político-partidária ou uma bandeira ideológica” e que “a definição de políticas públicas, pela sua complexidade e sensibilidade, aconselha bom senso, ao maior consenso político possível e deve ter sempre em consideração o bem comum”.
A ideia foi defendida durante a sessão solene das comemorações do 25 de Abril, que se realizou no Teatro Viriato. “É inquestionável que devemos receber bem os imigrantes, com hospitalidade, humanidade e respeito pela dignidade humana, com uma verdadeira integração”, referiu Mota Faria, lembrando que “a imigração é essencial em muitos setores da economia”, no entanto, questionou se será possível receber todos os que procuram o país “com o respeito e a dignidade humana e o mínimo de condições de vida”.
“Ninguém defende a proibição da imigração, que seria um sinal de desumanidade, de egoísmo, radicalismo, falta de solidariedade universal, um desrespeito pelos emigrantes portugueses e uma completa aberração num país com uma emigração ativa, que tem vindo a aumentar. Mas deve-se discutir sobre a política de imigração que melhor se adapta à situação específica do nosso país e da sociedade portuguesa. A política dita de ‘porta aberta’ não é a única ou a mais correta ou a mais generosa”, defendeu durante a sua intervenção, durante a qual também criticou “a cegueira ideológica” e os radicalismos de direita ou esquerda, que, na sua opinião “são contraproducentes, mas devem ser respeitados com tolerância democrática, quando exercidos nos limites legais”.

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