Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, apresenta, em entrevista, as principais obras em curso no concelho. Hoje é o Dia do Município e serão prestadas homenagens também aos que estiveram na luta contra a pandemia, que tem exigido grande apoio da autarquia.
Este será um Dia do Município celebrado de modo diferente em virtude da pandemia. O que está previsto para assinalar a data?
Vamos assinalar de forma solene com uma prática que iniciámos em 2016: a atribuição de medalhas de mérito. Já o fizemos com empresas, com colectividades e instituições. Este ano, prestamos homenagem a pessoas que se destacam em três contextos distintos: o incontornável, da pandemia, o cultural e o académico. Vamos atribuir a medalha de mérito a Beatriz Cortesão, harpista, Cláudia Emanuel dos Santos, investigadora e doutorada em Estudos do Património, Cláudio Lopes, capitão da Guarda Nacional Republicana, Luís Martelo, trompetista, Maria Alegria Marques, professora catedrática da Universidade de Coimbra, e Maria Anunciação Costa, delegada de Saúde do concelho da Mealhada. No que respeita à luta contra a pandemia, a homenagem ao capitão Cláudio Lopes e à delegada de saúde da Mealhada, Maria Anunciação Costa, visa reconhecer o apoio, a entrega, a dedicação de ambos, cada um na sua área, na luta contra a pandemia e em defesa das populações nestes quase dois anos de Covid-19. Na área da cultura, são distinguidos dois músicos do concelho, ambos já com um cariz internacional. Beatriz Cortesão é uma jovem harpista que tem alcançando notáveis feitos. Em final de Junho de 2019, conquistou o 1º Prémio ex-aequo no IV Mark Rubin Moscow Open Harp Competition e integra a European Union Youth Orchestra (EUYO. Luís Martelo é trompetista e foi, recentemente, galardoado com a medalha de bronze dos Global Music Awards (GMA), nos Estados Unidos da América, equivalente aos grammys para músicos independentes. Com o projecto a solo, intitulado “Chorando de Saudade”, alcançou o bronze na categoria ‘Melhor instrumentista’ do mundo 2020. Numa vertente académica, serão distinguidas Cláudia Emanuel dos Santos e Maria Alegria Marques. Cláudia Emanuel dos Santos é investigadora e recebeu, há poucos dias, o Prémio Monografia em História da Arte com a obra “Os azulejos de Jorge Rey Colaço que decoram o Palácio da Justiça de Coimbra”. Já em 2011 tinha ganho o prémio SOS Azulejo. Maria Alegria Marques é professora catedrática da Universidade de Coimbra, distintíssima medievalista e, a par de uma carreira académica notável, tem prestado relevantes serviços ao concelho da Mealhada, nomeadamente quando conseguiu encontrar, em 2005, a cópia sobrevivente do Foral Manuelino de Vacariça e Mealhada, de que resultou a edição fac-similada do documento, em 2006, sob a sua responsabilidade científica no estudo do diploma e tradução paleográfica.
