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PS exige esclarecimentos sobre saída de vice-presidente da Câmara da Guarda


Segunda, 20 de Novembro de 2023

A demissão da vice-presidente da Câmara da Guarda, na semana passada, resulta de uma decisão pessoal, disse o líder da autarquia, mas os socialistas exigiram hoje esclarecimentos.

A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) da Guarda exigiu esclarecimentos sobre o pedido de demissão apresentado pela vice-presidente Diana Monteiro da Câmara da Guarda, eleita pelo Movimento Pela Guarda.

Numa conferência de imprensa, hoje, o líder da concelhia António Monteirinho defendeu que “o pedido de demissão exige esclarecimentos urgentes por parte do presidente da Câmara da Guarda”.

Diana Monteiro era vice-presidente do executivo liderado por Sérgio Costa.

A saída da vereadora com os pelouros da Economia, Finanças e Desporto foi conhecida na sexta-feira ao despedir-se de funcionários e colaboradores da autarquia.

António Monteirinho sustentou que “a Guarda e as suas gentes merecem saber o que motivou esta saída “a meio do mandato da vereadora responsável pelo pelouro financeiro neste momento tão crucial em que se aproxima a apresentação do orçamento autárquico para 2024”.

O dirigente socialista considerou que “as explicações dadas até agora pelo presidente da Câmara são tudo menos esclarecedoras”.

“Não aceitamos que o senhor presidente diga que foi por motivos exclusivamente pessoais. O presidente tem de esclarecer a população”, ressalvou.

O PS exige “cabais explicações em nome da transparência, caso contrário deve o executivo ponderar se ainda mantém condições necessárias e suficientes para o desempenho das suas funções”.

António Monteirinho acredita que na origem da saída de Diana Monteiro possam estar “discordâncias profundas” na elaboração do orçamento para 2024.

“Aquilo que nós vamos sabendo é que existe uma descoordenação total e um descontrolo total das finanças da autarquia”, sustentou.

António Monteirinho lembra que o Movimento Pela Guarda não tem maioria absoluta e por isso “o executivo deve fazer uma avaliação se ainda tem condições para se manter em funções”.

O PS “acredita que não tem essas condições” e irá utilizar todos os instrumentos ao dispor na Câmara Municipal e também na Assembleia Municipal para “fazer uma oposição mais acérrima e mais incisiva em relação aquilo que têm sido as decisões do executivo”.

António Monteirinho não revelou qual poderá ser o sentido de voto do PS no orçamento, argumentando que o PS “estar às cegas” sobre o conteúdo da proposta.

“Não sabemos nada do que irá ser o orçamento e agora ficámos com mais dúvidas, uma vez que a vereadora que tinha esse pelouro demitiu-se”, salientou.

O executivo da Câmara da Guarda é composto por três eleitos do Movimento Pela Guarda, três do PSD e um eleito do PS.

Sobre o pedido de demissão da vice-presidente, Sérgio Costa limitou-se a dizer à agência Lusa que “é preciso respeitar a decisão pessoal”.

Apesar das tentativas não foi possível obter uma reação de Diana Monteiro. 

(Foto: Arquivo / Município da Guarda / D.R.)




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