Tom de Grave, de 50 anos, é belga mas está há 25 anos em Portugal. Comprou uma quinta em Fiais da Beira, com uma casa em ruínas, e há sete anos construiu aí uma habitação, provisória mas com todo o conforto que precisava para si, para a mulher Blanche, holandesa, e para a filha de 11 anos, já nascida no nosso país. Ontem, em Coimbra, frente às instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), exibia, lado a lado, as imagens da casa que construiu e das cinzas que dela restaram. O incêndio de 15 de Outubro destruiu-lhe a quinta de onde retirava o sustento da família, com estufas, árvores de fruto, hortas e animais.
Tom, que vive agora numa casa emprestada, tem-se mexido para solicitar apoios, mas esbarra em burocracias. «Pedimos para ter licença de casa de habitação e que ajudem a reconstruir», disse aos jornalistas. Do apoio que receber depende a permanência em Portugal e num local onde já há pouco do verde que o atraiu.
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